Só quero
o que me vence
teu amor
antes que pense
em liberdade.
Antes que seja livre
que eu tenha saudades.
Só quero
o que me vence
teu amor
antes que pense
em liberdade.
Antes que seja livre
que eu tenha saudades.
Tando
vais
como
não tando
vez
tu , do que vier
é fulcro!
Ela,
em meu pensamento
desejo resvala
O instinto é tocá-la!
Parafraseando
o que
não se diz:
Que faltou,
preu ser feliz?
Poetas
não mentem, dizem!
É o que fingem
Poetas …
dizem motivos
dizem ideias
dizem vontades
segurem os poetas que dizem
que os dizeres,
são suas vaidades!
não preste atenção nas verdades.
Aqui em casa
faz um frio quente
desses que deixa
em brasa,
a saudade da gente.
Pedalar é massa!
Pedalo
e o tempo,
não passa.
Sou eu que passo
na praça
… voando.
CORAÇÃO
entrou
ficou
ou
não.
Existem pessoas que
tem como um
código na face:
“ME AME!”
“ME CHEIRE!”
“ME ABRACE!”
”Paz, Ceio, No Parque”
Dia lindo
Ela
linda
a questão
que se coloca
é
como eu já sabia,
antes
ainda?
Ela gosta de brincar
Agora,
eu também gosto.
Mas
um dia
já fui sério
bem
sério
Ocorre que,
Eu era criança!
Descobriu…
madrugada:
havia nada,
não, ser…
Ideia de tudo!
Queria
escrever
só,
um poema
com
nome
só…
só
não consigo,
só
ficar
só
só, se fosse eu’s,
era melhor
…só.
No iô iô
Assim como
Na vida
O que você pensa
Que é uma
Ida (volta)
Já é uma
Volta (ida).
An’ceia
Estive lá, éramos treze ao todo. As mulheres nos faziam às vezes da ceia. Ele estava no meio. Estranho porque nunca sentou ali. Aquele dia todo, havia feito coisas estranhas. Mais cedo pela manhã, irritou-se com uma criança que lhe esbarrou, manchando-lhe a túnica, de ocre vermelho. Pareceu outro, talvez aquilo teria lhe soado como um mau presságio, um anúncio, ou uma intimação. E quando a tarde um de nós se ausentou por algumas horas, mais uma vez ele mostrou-se alterado, outro novamente. retrucava: -Onde foi aquele um que ao regresso, antecede-lhe o crepúsculo? Estávamos nos preparando para a ceia, e enquanto esperávamos a mesa, as mulheres terminarem os preparos, todos, conversávamos, exceto ele. Contemplava sozinho alguma dúvida ou certeza, o que provavelmente seria motivo de sua alteridade durante aquele dia. A hora da ceia quando as mulheres iam nos servir o cordeiro, ofegante, adentra o um, adiantado do crepúsculo. Todos pararam de conversar, ambos pareceram assustados. Ele que o esperava mais que todos nós, e o um, que parecia ter adentrado à porta errada. Como estivesse em casa de estranho. Estranho isto; o um, ofegante e perdido de seu destino. Ele assustado com o súbito de sua chegada. Para além disso, um cordeiro imolado sobre a mesa. Ele pareceu completamente transtornado, a calma que talvez tivera encenado durante todo dia, desmanchou-se ali, como a massa de um pão muito fino na ávida saliva da boca de um mendicante. Como estivesse diante de martírio tremendamente gigante, e era só um cordeiro.
Se já joguei
Tudo fora,
De onde veio
Esse tudo
De agora?
-Êita porra! Tava valenu? Já, era?
Qué dizê que a vida,
já foi essa?
Eu ainda tava pensanu,
nu que ia fazê da vida…
Marca não, essa num vogo não!
Bora ôta!
Homi,
dexa de sê galado, bora ôta!
-Reiôsse.
Minha prosperidade, é outra.
Minha arte, é outra.
Minha fama, é outra.
Minha educação, é outra.
Minha liberdade, é decididamente outra.
Mas se já sou outro…
então porque você,
para mim,
ainda continua o mesmo?
A paz
é quando
você é criança
e fecha a mão, bem FORTE
dizendo pra todo mundo…
Tem uma coisa aqui e ninguém abre…
E nem imaginando, é como se dissesse:
Tá’qui a paz, tá’qui a paz
Na minha mão,
Quem de vocês será o campeão?
Olha
mais pra tua
face.
Não deixe
que o tempo passe,
sem que possa
observar-se!
Idéias ultimas
São
Primeiras!
Porque subir,
é sempre
Ribanceiras?
Fico eu
com minha quimera
Seja lá
o que amanhã
for
Esperar por ninguém,
já é
boa espera!
É a mudança
de estado
Que os corpos sofrem,
Quando ainda
não estão sofrendo.
Disse ele;
Prazer em conhecê-la,
E a desconheceu
completo, por…
Sinto o que sei, na pele
afinal,
Uma pergunta
que não nos adere,
que é?
Senão,
porta estranha
a não abrir,
enquanto nos diz:
espere, expeli, ex’pele!
Quase
tanto
Tudo nem
Quase
nada
Pouco além
eu não, só vai…
Como vem.
E quando
ele entrou
à pista
todo mundo
limpou
a vista
foi o chapéu
… chapéu que deu
poder
ao passista.
Tenho certeza,
já vi tudo
me lembro…
Déjà Vida
… Memória
é estrago
da lembrança
não
me trago
no que já fui …
criança
porque sou
passado passando
e não,
presente lembrando.
Em uma rua escura, qualquer forma de divagação parece mais pura. No raro divagar de minhas mile-sete dúvidas, comia as dívidas com farinha, quitando-as como pensalimentos. Muito mais me valia a sombra do silêncio madrugau, aos gritos do amanhecer clarisignificante. De treva enfante, elefantescurilimpido era meu pensalmento. Se fosse por passos no chão, poriáridos trevóspitos funebrofilhos dos pés. Todos ideos, de idéia indignifluidativos do claro. Claribrunos claustroefemeros. A brisainflexa nostalginfante da madruagrada, de sorteio vens-por-outra, me in’condenar. O Orion’in’zonte des’proximeinfunda o breumimstério, grita-me vous-TU; “est-ti etério!”. Luzi o poste e aluzividalumem re’fita eubreu. Sólen’passos con’ti-nos coninhosonhos, nós… dé’je’vous! Acordadocarceri riavindo sem sais-de-sonho, amarrincendo os passoniferossímeos ao noitistício do dia. A noite c’alma me diz’ponhorizontilíneo, in’direção à mor’Radha de Mor’fel morrinfindificando o vivinfluxolocáustico diasporirônico dia. Diaguironistificava a hora, oraçãoinsanilidica do domíningo que er’dà noite. Naquiela noite’nuncà cheguei, nu meu des’tino zanzatinei para uma coisa, assacinanada as’pirei a clarada’sombr,à magrudade id’éia de madrugandade.